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A hora mais bonita do dia...

Updated: May 13, 2023

Quando o sol invade a casa e aquece o peito, a saudade bate a porta e você chega a sentir um abraço, jogada na sofá admirando seu espetáculo diário na sala de casa. Sentindo a falta de risadas invadindo os espaços da casa, um perfume doce impregnado na roupa.


A cama ainda bagunçada e o retrato vazio, apenas suas fotos de família e dele já antigas. Tem café mas, não tem cafuné e isso é o mesmo que não ter. No olhar o filme reprisa os fins de tarde com ele, no tapete indiano que ele te deu de aniversário, pipoca no chão e sorvete derretido, pés combinando as meias malucas e coloridas, enrolados na coberta e nas emoções.


O que foi e ainda é parecem se encontrar na linha do tempo e a saudade será constante, mas vou me acostumar com tua presença silenciosa pelo caminho, nas folhas que entram na porta aberta, quando cai açúcar no chão ou quando o relógio despertar cinco minutinhos mais cedo, eu vou saber que é você cuidando de mim, mesmo que os momentos continuem vivo pela casa.


Momentos que parecem terem se eternizados nessa sala onde o sol mostra a tinta da parede descascando e o móvel de madeira da sua avó envelhecendo, assim como aqueles dias que não irão mais voltar, é a vida. Ele se foi para sempre, ela precisa aceitar.


Sente o calor dos seus abraços chegando de leve pela fresta de luz que adentra a casa, ele a acalma e relembra que mesmo não estando mais aqui, seja onde ela for ou com quem estiver ele sempre estará do seu lado, ele prometeu e vai cumprir, até depois da morte...

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